sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Salve-me. Salve-me.
Quem achar que ainda sou válido.
Salve-me. Salve-me. 
Salvo se eu ainda quiser.




O que? Sou um fantasista?
Sim. Minha vida inteira.
E você? Que se prendeu nesta jaula que chama de mundo.
Sorte sua por achar que fantasio minha realidade.
Quando na verdade és tu que camufla a tua.




Vejo um cego e entendo a beleza dos pássaros.

Vejo um surdo e esta minha concepção muda.

Me vejo olhando e escutando e me pergunto: Porque eu ? 


Da desistência de ser Herói,
me tornei Deus.

Da periculosidade de minha desistência,
me tornei um Deus mau.

E não consigo sair dessa imensidão.
Que se tornou minha solidão.

Mas quem, em sã consciência,
não sabe que um Deus é sempre só?